A OMS define as Perturbações do Neurodesenvolvimento como "perturbações comportamentais e cognitivas que surgem durante o período desenvolvimental e que envolvem dificuldades significativas na aquisição e execução de funções intelectuais, motoras ou sociais específicas. A prevalência destas perturbações varia de 4,7 a 88,5%, sendo a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção a mais comum na infância, ocorrendo em 7,2% das crianças e 2,5% dos adultos. Contudo, estudos recentes apontam para um subdiagnóstico destas perturbações, sendo estas percentagens inferiores ao real. A clínica destas perturbações inicia-se tipicamente na primeira infância e, em muitos casos, permanecem na idade adulta. Pontualmente, são diagnosticadas mais tardiamente devido a apresentações atípicas, baixa gravidade ou comorbilidades associadas. De igual forma, a comorbilidade entre perturbações do neurodesenvolvimento e outras perturbações psiquiátricas é comum.

Assim, as perturbações do neurodesenvolvimento podem manifestar-se em qualquer fase da vida, apresentando grande morbilidade. Desta forma, torna-se fundamental a formação de profissionais na área do neurodesenvolvimento, particularmente na Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, conduzindo a cuidados de saúde integrados e individualizados, atendendo às emoções, necessidades e expectativas de cada utente.

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